Favela

Neste Um Pé de Quê?, Regina Casé faz uma viagem histórica para a Caatinga brasileira, atrás do porquê da árvore espinhenta de nome Favela, hoje, designar no dicionário o “conjunto de habitações populares toscamente construídas”. Uma pesquisa surpreendente que traz à luz os bastidores de Canudos enquanto desvela tudo sobre ela: a Favela.

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Favela

faveleira

Nome científico
Cnidoscolus phyllacanthus ( Müll. Arg.) Pax & L. Hoffm.

Família
Euphorbiaceae

Características morfológicas:

Árvore espinhenta, lactescente e com pelos urticantes, de 4-8 m de altura, dotada de copa alongada ou arredondada e rala.

tronco curto e ramificado desde a base, mais ou menos cilíndrico, com casca fina, quase lisa, com presença de verrugas, de 20-35 cm de diâmetro.

folhas alternas, simples, finas e brilhantes, sem pelos em nenhuma das faces, com margens profundamente recortadas, que terminam em pequenos espinhos, com pelos urticantes de até 1 cm de comprimento. Medem entre 8 e 16 cm de comprimento e sustentam-se sobre curtas e espinhentas hastes de 1-2 cm de comprimento.

flores brancas, de 4mm de diâmetro, surgem sob as folhas e, de cada haste da flor central, agrupam-se outras tantas ao redor, formando um pequeno guarda-chuva. Flores unissexuais.

fruto recoberto por pelos urticantes, parecido com a mamona, do tipo cápsula que espontaneamente se abre em três gomos no período de maturação, liberando as sementes, que são três.

semente alva, em tons de cinza e marrom, rajada de preto.

floração ocorre anualmente durante os meses de agosto-dezembro e os frutos amadurecem de dezembro a fevereiro.

uso/árvore adotada pelo paisagismo em todas as cidades de costa atlântica.

uso/madeira moderadamente pesada, macia ao corte e de fácil apodrecimento. Localmente, utilizada em caixotaria, forros e para lenha e carvão.

uso/outras utilidades Seco, o látex, derramado dos galhos e tronco, torna-se quebradiço e pode ser aproveitado para iluminação e como remédio balsâmico. As sementes fornecem óleo alimentício e farinha, esta última, rica em sais minerais e principalmente em proteínas. Ambos os produtos ainda sem aplicação comercial, mas habitualmente usados na engorda das galinhas, porcos e ovinos. Quando novas, as folhas e ramos são empregados em forragem animal. Cabras, carneiros, jumentos e mesmo aos bovinos consomem as folhas maduras quando estas caem no chão no final do período de chuvas. Na seca, alimentam-se dos brotos e casca da favela.

obtenção de sementes Colher os frutos diretamente da árvore, logo que iniciarem a abertura espontânea. Em seguida deixá-los ao sol até completarem a abertura e liberação das sementes. Devido a deiscência explosiva dos frutos, cobri-los durante a secagem com uma tela ou peneira.

produção de mudas Colocar as sementes para germinação logo que colhidas em canteiros a pleno sol contendo substrato arenoso. Em seguida cobri-las com uma camada de 0,5 cm do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 2-3 semanas e a taxa de germinação é alta. Transplantar as mudas para recipientes individuais quando com 5-6 cm e daí diretamente para o local definitivo em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido.

referêcia bibliográfica LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. II. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.92. | OLIVEIRA, Diego M. et al. Intoxicação por Cnidoscolus phyllacanthus (Euphorbiaceae) em caprinos. Pesq. Vet. Bras. [online]. 2008, vol.28, n.1 [cited 2010-09-07], pp. 36-42

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