Carnaúba
carnaubeira
Nome científico
Copernicia prunifera (Mill.) H.E. Moore
Família
Arecaceae
Características morfológicas:
Árvore de copa esferoidal e altura de 7-10 m, eventualmente chega a 15m.
tronco reto, cilíndrico, de 10 a 20 cm de diâmetro, e coberto por sulcos.
folhas de 1 m de comprimento, em forma de leque, com a superfície plissada e as pontas recortadas em longos filamentos rijos, sustentadas por hastes duras e espinhentas de até 2 m de comprimento. O conjunto de hastes parece sair de um mesmo ponto da coroa, justificando a copa esferoidal. A tonalidade verde das folhas é levemente azulada em consequência da cera que as recobre.
flores pequenas, de cor creme, dispostas em espigas ralas e lenhosas de 4-7 cm de comprimento, agrupadas em longos cachos, de até 4 m de comprimento, afixados no encontro das hastes com a coroa.
fruto ovalados ou esféricos, de cerca de 1,5 cm de comprimento, de cor verde escura no amadurecimento.
semente tipo esférica, parda, entre o cinza e o amarelo, até 1 cm de diâmetro.
floração ocorre principalmente entre julho e outubro. Os frutos amadurecem entre novembro e março.
uso/árvore é uma palmeira elegante e ornamental, sendo muito utilizada para o paisagismo em geral e a arborização urbana nordestina.
uso/madeira moderadamente pesada, macia, fácil de aplainar, resistente e de longa durabilidade em contato com a água do mar. Utilizada em postes, moirões, construções rústicas e lenha. Fragmentada ou serrada é empregada para caibros, barrotes, ripas, confecção de artefatos torneados como bengalas, artefatos de uso doméstico, caixas etc.
uso/outras utilidades As folhas, principalmente as jovens, fornecem a famosa “cera de carnaúba”, outrora muito usada na iluminação a vela e atualmente como graxa de sapato, verniz, lubrificante, sabonete, Fósforo, isolante, disco, cápsulas de comprimidos etc. As folhas secas são utilizadas como cobertura de casas, para confecção de chapéus, bolsas, esteiras, cordas, cestos, colchões, etc. As amêndoas contêm óleo.
obtenção de sementes Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão após a queda. Não há a necessidade de despolpá-los para semeadura.
produção de mudas colocar os frutos para germinação, logo que colhidos, em canteiros semissombreados com substrato organo-arenoso. A germinação é lenta e pouco abundante. O desenvolvimento da planta no campo é lento.
referêcia bibliográfica LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.278. | Palmeiras no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa (SP): Plantarum, 1996, p.132. | Plantas e Ervas Medicinais e Fitoterápicos-PLANTAMED | “Projeto: Carnaúba, árvore da vida”. O projeto tem a realização do BNB - Banco do Nordeste do Brasil através do ETENE - Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste e do Instituto de Ecologia Social Carnaúba, uma organização não governamental (ONG).