Castanheira
castanha-do-pará, castanha, castanha-verdadeira, castanha-do-brasil, amendoeira-da-américa, castanha-mansa
Nome científico
Bertholletia excelsa Bonpl.
Família
Lecythidaceae
Características morfológicas:
Árvore mede entre 30 e 50m, , excepcionalmente 60 metros de altura.
tronco reto, de 100-180 cm de diâmetro, acinzentado e suave.
folhas simples, lisas, alongadas, de 20-35 cm de comprimento por 10-15 de largura, margens inteiras ou pouco onduladas, sustentadas por hastes de 2-3,5 cm comprimento. Caem na estação seca.
flores branco-amareladas, de 3 cm de diâmetro, 6 pétalas desiguais em forma de capuz. Surgem nas axilas das folhas superiores, em espigas, arranjadas sobre hastes de 2 ou menos frequentemente 3 ordens de ramificações.
fruto apresenta-se como um ouriço, seco, lenhoso e marrom, de 11 cm de diâmetro, que se abre espontaneamente quando maduro, liberando as sementes. Pesa entre 500 a 1500 gramas e contém 15-24 sementes.
semente de cor castanha, seca, envolta por casca extremamente dura e lenhosa. Mede 4 cm de comprimento.
floração ocorre durante os meses de novembro-fevereiro. Seus frutos amadurecem no período dezembro-março.
uso/árvore de porte magnífico e dimensões notáveis, é cultivada em pomares domésticos por todo o país.
uso/madeira moderadamente pesada, macia ao corte, superfície fosca e lisa, de boa resistência ao ataque de organismos xilófagos. Indicada para a construção civil interna, tabuas para assoalhos e paredes, painéis decorativos, forros, fabricação de compensados, embalagens etc.
uso/outras utilidades as sementes, conhecidas por castanha-do-pará, são muito apreciadas no Brasil e no exterior. Com alto teor calórico e proteico, ainda combate os radicais livres. Muitos estudos recomendam seu consumo para a prevenção do câncer. A semente pode ser consumida in natura, torrada, ou na forma de farinhas, doces e sorvetes. Quando frescas fornecem o leite usado na preparação de vários pratos típicos da cozinha paraense. O fruto, chamado de ouriço, é usado como cinzeiro, vaso e como combustível empregado na coagulação da borracha. Aplica-se o óleo e o extrato de castanha-do-pará como matéria-prima na fabricação de produtos farmacêuticos, cremes de limpeza, hidratantes, batons, sabonetes finos, xampus e condicionadores. A medicina popular recomenda a ingestão da fervura da casca da árvore para tratar moléstias no fígado, as sementes esmagadas para cauterizar feridas e a água deixada de molho no “umbigo do ouriço” para curar anemia, hepatite e desnutrição.
obtenção de sementes Recolher os ouriços do chão após sua queda espontânea. Em seguida quebrar o invólucro lenhoso dos frutos e retirar as sementes.
produção de mudas Suas sementes apresentam dormência variável dependendo da origem, e necessitam de tratamento antes da semeadura. Em condições naturais, a emergência pode demorar de 6 a 18 meses. Porém, com a retirada da casca e tratamento das amêndoas com acetato fenil mercúrio obteve-se mais de 80% de germinação aos 3 meses. Outra alternativa é riscar a casca das sementes permitindo a penetração da água. Colocar as sementes para germinar em recipientes individuais mantidos em ambiente sombreado e contendo substrato argilo-arenoso. O desenvolvimento das mudas, bem como das plantas no campo é lento.
referêcia bibliográfica “CASTANHA-DO-PARÁ” in PLANTAMED. | LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.133. | “Market Brief in the European Union for selected natural ingredients derived from native species: Bertholletia excelsa”. BioTrade Facilitation Programme – BTFP, United Nations.