Bambu

Neste Um Pé de Que?, você vai saber um pouco mais sobre o Babu que pertence a uma das famílias mais importantes para a vida do homem. Parente do arroz, do trigo e da cana-de-açúcar, o Bambu é conhecido como o amigo do povo na China. Ele serve para fazer quase tudo que a gente inventa.

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Bambu

taquaruçu, tagoara, taboca, tacuara grossa

Nome científico
Guadua tagoara (Nees) Kunth

Família
Poaceae

Características morfológicas:

Árvore de 10-15 m de altura, podendo chegar a 20 m, com colmos e 1-4 ramos secundários, de até 6 m de comprimento e que se estendem por sobre as árvores, dotados de espinhos em forma de garra.

tronco lenhoso, ereto, cilíndrico, de coloração esverdeada, com nós bem demarcados, e entre nós ocos, de 16-80 cm de comprimento. O caule, de 5-10 cm de diâmetro em sua base, vai afunilando até seu ápice. O diâmetro final da vara de bambu se estabelece desde sua brotação. A parte subterrânea do caule tem a forma de bulbo, de onde brotam caules e outros bulbos que formam a moita de varas de bambus.

folhas de dois tipos: as folhas alongadas e estreitas, de 10-21 cm de comprimento por 10-22 mm de largura, que surgem de hastes, de 0,3 cm de comprimento, ligadas aos nós; e as “caulíferas”, que surgem agarradas aos colmos na brotação, para proteger o desenvolvimento do entrenós, como uma larga bainha, castanho-avermelhada, coberta por pelos, e que seca e cai.

flores no lugar de pétalas, há um tipo diferenciado de folha, chamada gluma, seca e escamosa, que protege os órgãos reprodutivos da flor. 3-5 pequenas flores férteis reúnem-se em espigas secundárias, de 15-20 mm de comprimento, todas envoltas por glumas. O conjunto da inflorescência surge desordenadamente afixada sobre os nós do caule.

fruto seco, de casca fina soldada à semente, vulgarmente conhecido como grão.

semente ovalada.

floração Bambus podem demorar 10, 20, 100 anos para florescer. Grande parte das espécies floresce uma única vez, pois a energia dispensada na geração de inflorescências e sementes leva a planta à morte. Não é o caso desta espécie, que a cada floração produz grande número de sementes e continua viva. O ciclo de floração desta espécie carece de melhores estudos, mas há indícios de que ocorra a cada 2 anos.

uso/árvore invasiva da mata atlântica, bastante ornamental.

uso/madeira a vara de bambu tem paredes lenhosas e sensíveis à umidade, ela varia de diâmetro e consistência de acordo com a quantidade de água retida. Além disso contém alto teor de amido e açúcar, sendo facilmente atacada por pragas. Quando imaturo, o bambu é maleável, servindo à cestaria. Quando maduro, é rígido, agüenta muito peso e resiste muito bem à tração, à flexão e à compressão. Por isso serve ao fabrico de móveis e de utensílios de construção, podendo até servir de andaimes para edifícios, como ocorre na Ásia. As fibras do bambu são utilizadas na fabricação de celulose, de bebida alcoólica e de vários tecidos, por exemplo o saco de cimento brasileiro. Mais recentemente a indústria têxtil incorporou a fibra do bambu para a confecção de tecidos finos. Antes de manusear o bambu, é preciso secá-lo à sombra em ambiente de baixa umidade, caso contrário ele enverga e deforma. Em geral as espécies de utilidade comercial são asiáticas, enquanto as espécies nativas brasileiras permanecem desconhecidas ou subutilizadas.

uso/outras utilidades os bambus asiáticos são muito utilizados na medicina popular e na culinária. As folhas desses bambus servem como afrodisíaco, antiartrose, estimulante e tônico. Os brotos de até 30 cm de altura são comestíveis, e ajudam a combater a desinteria e o mal do estômago. Contudo, devem ser preparados para ingestão, passando por duas fervuras de 30 minutos cada. O suco do broto de bambu parece possuir propriedade calmante. A água dos colmos atua contra venenos em geral.

obtenção de sementes Após a floração, pode-se recolher, dos ramos onde surgiu a inflorescência, as sementes. Porém elas dispersam-se com o vento e nem sempre resultam em um bambu com as mesmas características físicas e genéticas de seu progenitor.

produção de mudas Não há um método seguro de germinação das sementes e desenvolvimento de mudas. Melhor enraizar estacas de bambu dotadas de gemas primárias, ou pedaços dos bulbos com raízes a fim de se obter clones da “árvore-mãe”. O melhor momento para o corte é durante o período seco, pois os bulbos acumulam energia para, no período chuvoso, ocorrer a brotação. Se esse período coincidir com o inverno, melhor, pois o frio inibe a ação dos carunchos e outras pragas. O bambu é uma das plantas de formação mais rápida na natureza, alcançando altura máxima em cerca de um ano. A maturação do bambu, porém, se dá entre os 3 e 6 anos.

referêcia bibliográfica Clayton, W.D., Harman, K.T. and Williamson, H. 2010. World Grass Species: Descriptions, Identification, and Information Retrieval. | MOROKAWA, Maíra Jardineiro. “Influência do bambu Guadua tagoara (Nees) Kunth sobre a regeneração natural no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ)”. Monografia apresentada ao curso de Engenharia Florestal, como requisitoparcial para a obtenção do Título de Engenheiro Florestal, Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Departamento de Ciências Ambientais. Sob orientação do Professor: André Felippe Nunes-Freitas. Seropédica, RJ, Novembro de 2008. | Shirasuna, R.T. 2010. Guadua in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. | RÉGIS, Frederico Menezes. “ECODESIGN: POTENCIALIDADES DO BAMBU”. 2004: Universidade de Salvador, Departamento de Ciências Exatas e de Comunicação, Curso de Design com Habilitação em Comunicação Visual e Ênfase em Meios Digitais, Monografia. | FILGUEIRAS, Tarciso S.; SANTOS-GONÇALVES, Ana Paula. “Tupi-Guarani: Fonte de informação sobre Bambus nativos do Brasil” in “Heringeriana”. Jardim Botânico de Brasília, V.1, n.1, p.35-41, jul./2007. | MOTA, Aline Costa da; OLIVEIRA, Reyjane Patrícia de; FILGUEIRAS, Tarciso de Souza. “POACEAE DE UMA ÁREA DE FLORESTA MONTANA NO SUL DA BAHIA, BRASIL: BAMBUSOIDEAE E PHAROIDEAE”. 2009: Rodriguésia, 60. | Vasconcellos, Raphael Moras de. “Cartilha de fabricação de móveis”. 2004: Instituto do Bambu (INBAMBU).

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