Aroeira
urundeúva, aroeira-do-sertão, aroeira-do-campo, aroeira-da-serra, uriundeúva, arindeúva, arendiúva, aroeira-preta.
Nome científico
Myracrodruon urundeuva Allemão
Família
Anarcadiaceae
Características morfológicas:
Árvore de 6-14 m de altura no cerrado ou caatinga, podendo chegar a 25 m em terrenos mais férteis de outras regiões, de copa piramidal.
tronco de 50-80 cm de diâmetro.
folhas reunidas em número de 5-7, dispostas alternadamente ao longo de uma haste central, de 15 a 23 cm de comprimento, e composta por folíolos alongados a ovais, às vezes pontiagudos, de margem lisa a serrilhada, de 4-7 cm de comprimento por 1,5-3 cm de largura, muito aromáticos e levemente cobertos por pelos.
flores pequenas, de 2-3 mm de diâmetro, simétricas, de 5 sépalas e de cor creme, agrupadas em cachos - mais ramificados e densos, quando as flores são masculinas, e mais alongados e ralos, quando as flores são femininas. As flores masculinas têm 5 estames, que se projetam para fora, de coloração creme ou laranja. Já as femininas apresentam os 5 estames atrofiados.
fruto redondo para oval, com cerca de 5 mm de comprimento, de casca castanho-escura, de polpa castanha, carnuda e resinífera, dotado de odor característico e de uma única semente, envolta por um tecido fino.
semente redonda, de 2-4 mm de comprimento, desprovida de amêndoa em seu interior.
floração ocorre de junho a julho, geralmente com a árvore nua de folhagem. Seus frutos amadurecem de fim de setembro até outubro.
uso/árvore de uso paisagístico, indicada para arborização em geral, apesar de perder suas folhas no inverno e de causar alergia durante a floração.
uso/madeira muito pesada, de grande resistência mecânica e praticamente não apodrece. Excelente para obras externas, como postes, moirões, esteios, estacas, dormentes, vigas e armações de pontes, moendas de engenho, e para construção civil, como caibros, vigas, tacos para assoalhos, ripas, para peças torneadas etc.
uso/outras utilidades A aroeira apresenta grande uso farmacológico. Sua entrecasca possui propriedades antiinflamatórias, adstringentes, antialérgicas e cicatrizantes. As raízes são usadas no tratamento de reumatismo e as folhas são indicadas para o tratamento de úlceras
obtenção de sementes Colher os frutos diretamente da árvore, assim que iniciarem a queda espontânea. Em seguida levá-los ao sol para facilitar a remoção das pétalas. Fruto e semente são praticamente indissociáveis, devendo-se semear o fruto inteiro.
produção de mudas Colocar os frutos para germinar em canteiros contendo substrato arenoso enriquecido de matéria orgânica. A emergência ocorrem em 8-18 dias e a taxa de germinação é superior a 80%. O desenvolvimento das mudas é rápido, mas o da planta no campo é apenas moderado.
referêcia bibliográfica Cordeiro, Sidclay ; Gamarra , Cíntia; Gamarra , Guillermo; Lima, Marcelino; e Gallindo, Fernando. “Plantas úteis do Nordeste do Brasil”. Publicação: Associação Plantas do Nordeste – APNE. | KILL, Lúcia Helena Piedade; DIAS, Carla Tatiana de Vasconcelos; e DA SILVA, Martins e Paloma Pereira. “Biologia reprodutiva de duas espécies de Anacardiaceae da caatinga ameaçadas de extinção”. In: ALBUQUERQUE, U. P. de; MOURA, A. do N.;ARAÚJO, E. de L. (Ed.). “Biodiversidade, potencial econômico e processos eco-fisiológicos em ecossistemas nordestinos”. Bauru: Canal6, 2010. | LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.5 | NUNES, Yule Roberta Ferreira et al . Aspectos ecológicos da aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão- Anacardiaceae): fenologia e germinação de sementes. Rev. Árvore, Viçosa, v. 32, n. 2, Apr. 2008.