Cana-de-Açúcar
cana
Nome científico
Saccharum officinarum L.
Família
Poaceae
Características morfológicas:
Árvore de 3-5 m de altura.
tronco cilíndrico, cheio e suculento, de 2-3 cm de espessura, dotado de nós, brotos e entrenós visíveis.
folhas compridas e em forma de lança, de 4-6 cm de largura.
flores de 3 mm de comprimento, incrustadas aos pares nas espiguetas, localizadas, também aos pares, nas pontas das ramificações da inflorescência piramidal, de 25-50 cm de comprimento, que surge por sobre as folhas. De cada par de espigueta, destacam-se 2 pelos esbranquiçados e sedosos, de 6-9 mm de comprimento.
fruto seco, de casca fina, soldada à semente, vulgarmente conhecido como grão.
semente oval, castanho-amarelada, de 1 mm de comprimento.
floração ocorre ao fim do verão, entre os meses de abril e junho, quando se tem menos tempo de luz e baixas temperaturas à noite. Nas regiões equatoriais, a cana pode florescer durante todo o ano. Durante a floração não se desenvolvem folhas, o caule não cresce e ainda perde sacarose. As sementes amadurecem 21-25 dias após a polinização.
uso/árvore presente em alguns pomares domésticos.
uso/madeira suculenta e dotada de sacarose. Processada, rende insumos muito importantes: o açúcar, a rapadura, o álcool combustível e a cachaça. O colmo da cana ainda pode ser consumido ao natural e nas formas de suco, caldo, sorvetes e garapa.
uso/outras utilidades O sumo da cana é indicado para aumentar a produção de leite nas lactantes, recompor a energia após o exercício físico e combater anemias, insônia, resfriados, disenteria, laringite, dor de garganta, febres e vômitos na gravidez. Externamente o sumo pode ser aplicado sobre a pele, para tratar aftas e rachaduras nos seios de lactantes. Em excesso pode provocar diarréia, cólica e irritações nos rins. O bagaço da cana é, ainda, um resíduo de baixa exploração. Atualmente, esse rejeito é basicamente utilizado na queima, no interior das próprias usinas, para a produção de energia, o que tornam as usinas praticamente autossuficientes quanto ao seu abastecimento. Vários resíduos gerados no processamento do álcool combustível são, também, reaproveitados pelas próprias usinas, como é o caso da denominada torta de filtro e vinhaça. A torta de filtro é um lodo que advém da clarificação do caldo e bagacilho, sendo uma substância rica em fósforo e, por isso, utilizada como adubo. Já a vinhaça contém significativa quantidade de potássio e outros nutrientes e, portanto, é utilizada para irrigação e fertilização no cultivo de uma nova produção.
obtenção de sementes Em menos de um mês, as sementes amadurecem dentro do ovário das flores, permanecendo nas espiguetas. Deve-se, portanto, levar as inflorescências para uma superfície coberta por lona e, em seguida, batê-las contra o chão, para a liberação das sementes. Recomenda-se secar as sementes ao sol antes da semeadura, que deve ocorrer em menos de 2 semanas. A maior parte das sementes é estéril.
produção de mudas Coloque as sementes para germinar em bandejas profundas e bem-iluminadas, contendo substrato orgânico, esterilizado e úmido. A emergência ocorre em 2-8 dias. As mudas até apresentarem 4 folhas são consideradas frágeis. Em 6 semanas as mudas podem ser transplantadas para o campo. Entretanto, o método mais produtivo de propagação da cana é por estaquia. Selecione indivíduos de 8-12 meses de idade, vigorosos e sadios. Efetue um corte rente ao solo e retire as ponteiras. Cuidado ao transportá-las, para não danificar as gemas. Preferencialmente, o plantio deve ser realizado logo após o corte. Escolha solos férteis, profundos e bem-drenados. A cana-de-açúcar deve ser plantada em sulcos, com profundidade próxima a 30 cm, mantendo-se um espaçamento entre sulcos de 0,90-1,40 m. Disponha 2 colmos por sulcos, intercalando os nós (as gemas) de um colmo e outro. O ideal é ter 12-18 gemas por metro linear. Cubra os colmos com uma camada de 5 cm a 10 cm de solo. Os primeiros 90 dias são os mais críticos, em que a planta está mais vulnerável a pragas e doenças. A colheita deve ocorrer em 18 meses para a cana plantada no período janeiro-março, período considerado ideal pelas boas condições de temperatura e umidade.
referêcia bibliográfica DUCKE, James A. “Saccharum officinarum L.” In: “Handbook of Energy Crops”. 1983, unpublished | JAMES, Glyn. “An Introduction to Sugarcane” in “Sugarcane”.Volume 10 de “World agriculture series”, 2ª Edição, EditoraWiley-Blackwell, 2004 | Battistelle, Rosane Aparecida Gomes; Marcilio, Carolina; Lahr, Francisco Antonio Rocco. “EMPREGO DO BAGAÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum officinarum) E DAS FOLHAS CAULINARES DO BAMBU DA ESPÉCIE Dendrocalamus giganteus NA PRODUÇÃO DE CHAPAS DE PARTÍCULAS”. In “Revista Minerva – Pesquisa & Tecnologia”, 5(3): 297-305, Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial – FIPAI | Townsend, Claudio Ramalho. Recomendações técnicas para o cultivo da cana-de-açúcar forrageira em Rondônia”. RT/21, EMBRAPA-CPAF Rondônia, nov./00, p.2-5 | Rossetto, Raffaella; Santiago, Antonio Dias. “Plantio da cana-de-açúcar” in Agencia de Informação Embrapa - Cana-de-açúcar | “Saccharum officinarum L.” In PLANTAMED.