Mandioca

aipim, aipim-manteiga, macaxeira, mandioca-mansa, mandioca-doce, mandioca-de-mesa, maniva, manaíba, carimã, uaipi e castelinha.

Nome científico
Manihot esculenta Crantz.

Família
Euphorbiaceae

Características morfológicas:

Árvore arbustiva, de 1,3-5 m de altura, ramificada, dotada de longas e suculentas raízes tuberosas, de até 2,5 m de comprimento e 10-15 cm de diâmetro.

tronco cilíndrico, de 2-6 cm de diâmetro, de nós e entrenós visíveis, e de três possíveis colorações, dependendo da idade e do cultivar, cinza-prateado, roxo ou amarelo-esverdeado

folhas recortadas, com 3-9 \\\"dedos\\\" de 4-20 cm de comprimento por 1-6 cm de largura cada, sem pelos, a não ser de forma diminuta e sobre as nervuras centrais, de coloração verde-azulada na face inferior, e sustentadas por longas hastes, de 61 cm de comprimento.

flores desprovidas de cálice e de pétalas, compostas por 5 tépalos de coloração amarela, avermelhada ou roxa, sustentadas por uma haste curta, fina e reta quando a flor é masculina, e por uma haste longa, espessa e recurvada quando a flor é masculina. Ambas as flores reúnem-se em um mesmo cacho, de menos de 1,2 cm de comprimento.

fruto globoso, lenhoso e seco, do tipo cápsula, de 1-1,5 cm de diâmetro, de superfície marcada por proeminentes 6 arestas longitudinais, dividido em três compartimentos, que se abrem liberando suas 1-3 sementes.

semente oval, sem pelos, de 10 mm de comprimento por 6 mm de largura, de consistência firme e de coloração esbranquiçada, dotada de manchas irregulares, de coloração escura e brilhantes, com o fundo acinzentado ou marrom.

floração não ocorre de maneira sincronizada entre indivíduos de uma mesma região e depende fortemente da temperatura se manter a 24ºC, do solo ter um bom índice de fertilidade e do ambiente estar úmido. Os frutos amadurecem poucos meses depois da floração.

uso/árvore típica da roça brasileira.

uso/madeira insignificante em termos de lenho, constituída por finos ramos e galhos, úteis apenas para a obtenção de produtos destinados à alimentação animal, uma vez que a parte aérea da mandioca apresenta um potencial proteico e vitamínico importante.

uso/outras utilidades As raízes constituem o principal produto da mandioca, e são comercializadas e consumidas ao natural. A mandioca para a indústria  tem uma grande variedade de usos, dos quais a farinha e a fécula são as mais importantes. A fécula e seus produtos derivados têm competitividade crescente no mercado de produtos amiláceos para a alimentação humana, ou como insumos em diversos ramos industriais tais como o de alimentos embutidos, embalagens, colas, compensados de madeira, mineração, têxtil e farmacêutica. Na medicina popular, as folhas secas, tostadas e moídas fornecem um importante complemento alimentar, rico em vitamina A, ferro e cálcio. A farinha combate a diarreia, o chá da raiz é anti-inflamatório, calmante e favorece o sono, e o emplastro das raízes frescas trata feridas e chagas.

obtenção de sementes Colha os frutos maduros diretamente da árvore. Deixe-os secar ao sol para completarem a liberação das sementes. As sementes verdadeiras são aquelas que submergem quando colocadas em água. As que flutuam não germinarão.

produção de mudas A taxa de germinação das sementes de mandioca é baixa e desuniforme, e tem por única finalidade o melhoramento genético da espécie. O método mais produtivo do plantio da mandioca se dá pela estaquia. Para isso escolha uma árvore-matriz jovem, de 10-12 meses de idade, e sadia. Seccione a ramificação intermediária da planta, dispensando a parte herbácea superior, e a parte basal, demasiadamente lenhosa. As estacas devem possuir um diâmetro em torno de 2,5cm, um tamanho de 20 cm de comprimento, 5-7 gemas e um fluxo de látex aparente após o corte, que deverá ser reto. O plantio definitivo é subsequente à obtenção das estacas. Recomenda-se plantar no início da estação chuvosa, quando a umidade e o calor tornam-se elementos essenciais para a brotação e enraizamento das estacas. Em 1-2 semanas já se notará a brotação nas estacas, e em 10-14 meses as plantas já estarão prontas para a colheita.

referêcia bibliográfica DUCKE, James A. “Manihot esculenta Crantz” in “Handbook of Energy Crops”. 1983: unpublished | MATTOS, Pedro Luiz Pires de; CARDOSO, Eloisa Maria Ramos. “Cultivo da Mandioca para o Estado do Pará” . Embrapa Mandioca e Fruticultura, Sistemas de Produção, 13, Versão eletrônica: Jan/2003 | Silva, Rainério Meireles da,; BRANDEL, Gerhard; FARALDO, Maria Inez Fernandes; MARTINS, Paulo Sodero. “Biologia reprodutiva de etnovariedades de mandioca”. Scientia Agricola, v.58, n.1, p.101-107, jan./mar. 2001 | MARTINS, Marcela Tarciana Cunha Silva. “Taxonomia, análise de sementes de Manihot glaziovii e citogenética de outras espécies relacionadas do gênero”. 2009: Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal da Paraíba | “Taxonomía y morfología de la yuca - La Planta” in “Morfología de la planta de yuca: guia de estúdio para ser usada como complemento de La Unidad Audiotutorial sobre El mismo tema”. Contenido científico: Carlos E. Dominguez. Producción: Cilia L. Fuentes de Piedrahíta y Luis Fernando Ceballos. Centro Internacional de Agricultura Tropical – CIAT, Cali, Colômbia, 1981 | Granar, E. A. “NOTAS SOBRE FLORESCIMENTO E FRUTIFICAÇÃO DA MANDIOCA”. BRAGANTIA - Boletim Técnico da Divisão de Experimentação e Pesquisas, INSTITUTO AGRONÓMICO, Vol. 2 Campinas, Janeiro de 1942 N.° 1 | LIMA, Milton Luiz da Paz. “MELHORAMENTO GENÉTICO DA MANDIOCA (Manihot esculenta)” in “ESTUDOS EM DOENÇAS DE PLANTAS”. Fitopalogia Blogspot, Sexta-feira, 2 de julho de 2010 | “Manihot esculenta – MANDIOCA” in PLANTAMED.