Lobeira

Este “Um Pé De Quê?” mostra como uma árvore pode ser tão importante na vida de uma determinada espécie animal. Regina Casé desbrava a Serra do Caraça em Minas Gerais e revela como a lobeira é fundamental para a sobrevivência de um dos símbolos do cerrado brasileiro, o lobo-guará.

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Lobeira

fruta-de-lobo, berinjela

Nome científico
Solanum lycocarpum A. St.-Hil.

Família
Solanaceae

Características morfológicas:

Árvore espinhenta, de 3-5 m de altura, dotada de copa arredondada e rala, com ramos frágeis. Geralmente se apresenta como simples arbusto de 2 m de altura.

tronco tortuoso e cilíndrico, de 15-30 cm de diâmetro, revestido por casca grossa, com fissuras verticais.

folhas com a consistência de papel, de margens onduladas, cobertas por uma penugem prateada e brilhante em ambas as faces, dotadas de hastes de sustentação espinhentas, de 14-22 cm de comprimento por 6-10 cm de largura.

flores solitárias ou agrupadas em pequenas ramificações, surgem na extremidade dos ramos.

fruto esférico, de 8-15 cm de diâmetro, de cor verde-amarelada, recoberto por uma penugem, de polpa carnuda, suculenta e bastante aromática.

semente cinza-escura, em forma de rim e achatada.

floração ocorre durante quase todo o ano, predominantemente no inverno. Os frutos amadurecem na primavera.

uso/árvore pioneira e de crescimento vigoroso, considerada pelos pecuaristas daninha para as pastagens, e pelos ambientalistas excelente para reflorestamentos.

uso/madeira leve, macia ao corte, de baixa resistência e muito suscetível ao apodrecimento. Empregada apenas para caixotaria, lenha e carvão.

uso/outras utilidades os frutos, comestíveis, são reputados como medicinais.

obtenção de sementes Colher os frutos da árvore, quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los do chão logo depois. Deixá-los dentro de sacos plásticos até a decomposição parcial. Em seguida extrair as sementes em água corrente.

produção de mudas Colocar as sementes frescas para germinar em canteiros a pleno sol contendo substrato arenoso. Melhor irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 3-4 semanas e a taxa de germinação é alta. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 4-5 cm, e para o local definitivo de plantio em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é muito rápido.

referêcia bibliográfica LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. II. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.326 | MOURA, Tânia Maria de; OLIVEIRA, Giancarlo Conde Xavier; CHAVES, Lázaro José. “CORRELAÇÃO ENTRE FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E VARIÁVEIS AMBIENTAIS EM Solanum lycocarpum. A. St. Hil, SOLANACEAE”. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 26, n. 3, p. 457-462, May/June 2010 | Stehmann, J.R., Mentz, L.A., Agra, M.F., Vignoli-Silva, M., Giacomin, L. 2010. Solanaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

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